terça-feira, 2 de setembro de 2008
ROAD KING
Road King - Com seus 315 Kg, 2.394 cm de comprimento e 1.020 cm de largura, a Road King pode assustar. Rodando com a Road King as impressões negativas desaparecem. Com exceção do duro acionamento da embreagem, que pode ser resolvido com a instalação de um Easy-Boy, e o câmbio pesado, a dirigibilidade, mesmo na cidade é extremamente agradável, guidão largo e força no motor resultam num rodar tranqüilo, até que sedutor . As reduções de marchas se tornam opcionais, já que por um lado o V2 não é exemplo de potência máxima (são míseros 60 cv), sua confecção antiga casada com a alta cilindrada, imprimem valores de torque exuberantes, onde qualquer acelerada, em qualquer marcha, empurram o conjunto moto / piloto / garupa / bagagem... com extrema facilidade. As suspensões cumprem bem o papel. na frente, um conjunto formado por garfo telescópico tradicional concilia maciez e bom funcionamento, desde que se trafegue em pisos decentes. Buracos, ondulações e outros desníveis acentuados fazem chacoalhar a dianteira sem grandes sustos. Em alusão à própria frase dos harlistas (as motocicletas norte-americanas não tem defeitos e sim características) as prefeituras poderiam usar algo parecido: os buracos nas ruas não são defeitos e sim características. Bem, voltando a Road King, sua suspensão traseira oferece ainda regulagem em seus amortecedores pressurizados. Os freios, embora com acionamentos pesados seguram sem problema os quase 400 Kg da dupla moto e piloto. Na roda dianteira, dois discos são mordidos por pinças de pistão único, enquanto na traseira, um conjunto de discos simples e pinça completa o conjunto.
Algumas estranhezas continuam: o marcador de combustível incrustado na tampa do tanque, os comandos ( dois botões de setas direcionais, um em cada punho), chave de ignição com portinhola e start sem corte de segurança ( se der a partida com o câmbio engatado...) são alguns deles. Toda motocicleta norte-americana sai de linha de montagem com um propósito: rodar. Não foram feitas para proporcionar desempenhos empolgantes, nem estabilidade de causar inveja, muito menos baixo consumo de combustível. Com isso seus números de performance são apenas razoáveis, mas dentro do universo das motocicletas norte-americanas, velocidades de cruzeiro podem ser efetuadas ao redor dos 120/130 Km/h sem nenhum problema (pelo contrário, neste ritmo ela é perfeita), com um consumo médio de gasolina na casa dos 17 Km/litro. Esqueça porem os números de performance. O que importa mesmo é saber outros números. Como toda motocicleta norte-americana reflete exatamente o seu domador, muitas vezes pode-se gastar U$$ 50 mil só de acessórios e modificações. Este é o espírito, este é o mito. Seria também a chave do sucesso? Pode ser, afinal de contas qual marca pode produzir motocicletas que custam o mesmo que muitos carros de luxo, não oferecem apelo tecnológico e fazem seus futuros proprietários ficarem em lista de espera?
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